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Pequenos depósitos e empréstimos são base de sistema financeiro sólido

Pequenos depósitos e empréstimos são base de sistema financeiro sólido

Fórum do Banco Central, apoiado pelo Sebrae, debate implementação de projeto de inclusão financeira com base nos avanços trazidos pelo processo de bancarização da população e empreendedores de menor renda.

Clara Favilla, enviada especial da ASN

  • Diretor do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, e o diretor do Banco Central, Antonio Gustavo do Vale durante I Fórum sobre Inclusão Financeira, no Fiesta Bahia, em Salvador (BA).

    “A crise financeira global que atingiu o Brasil com força a partir de setembro do ano passado e fez o fluxo do crédito externo secar para as grandes empresas, demonstrou que a base de um sistema financeiro sólido, forte, está nos pequenos depósitos, nos pequeno empréstimos”, afirmou o diretor do Banco Central, Antonio Gustavo do Vale, ao abrir, nesta segunda-feira (16), o I Fórum sobre Inclusão Financeira, no Fiesta Bahia, em Salvador, promovido pela instituição e pelo Sebrae.

    O foco de encontros anteriores, de 2002 a 2008, promovidos pelo BC e Sebrae sobre Microfinanças, esteve na disseminação da necessidade de oferta de produtos e serviços diferenciados à população e aos empreendedores de menor renda, na esteira do processo de bancarização puxado pelos bancos públicos.

    Agora, explicou Vale, o foco está na educação financeira para que empreendedores e microempresas saibam gerir os próprios negócios do ponto de vista da competitividade, da sustentabilidade. “A inclusão financeira se dará a partir dessa educação em sintonia com os objetivos de promoção do desenvolvimento local e o interesse público.” afirmou. Para a formatação das ações de educação financeira, o Banco Central anunciou, na abertura do Fórum de Salvador,  a instalação de um Grupo de Trabalho permanente de Inclusão Financeira.

    Para o diretor do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, que também participou da abertura do Fórum, o enfrentamento da crise financeira global mostrou que o Brasil tem fundamentos sólidos, capacidade de enfrentar adversidades externas. “Passamos a ser visto pela comunidade internacional como um país normal. Não escondemos que temos problemas. Somos um país normal cheio de problemas e o nome do jogo para resolvê-los se chama inclusão, por meio da produção, de serviços financeiros, da geração de emprego e renda”, ressaltou.

    Diagnóstico

    O diretor do BC, Antonio Gustavo do Vale, informou ainda que as ações que serão construídas ou já em processo de construção com parceiros públicos e privados, referentes à ampliação e fortalecimento da indústria microfinanceira, parte de diagnóstico consolidado no livro Perspectivas e Desafios para a Inclusão Financeira no Brasil; visão de diferentes atores, que será lançado ao final deste primeiro dia de trabalhos do Fórum, que prossegue até quarta-feira.

    O livro trás artigo do diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. O Sebrae Nacional, a partir de decisão de sua diretoria-executiva, já implementa o Programa de Inclusão Financeira para avançar em ações direcionadas aos trabalhadores por conta própria que estão optando pela formalização, via dispositivo em vigor na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa que criou a figura do Empreendedor Individual, aqueles com faturamento anual até R$ 36 mil.

    Todos os estados devem fazer registro de Empreendedor Individual a partir de janeiro de 2010.

    Todos os estados devem fazer registro de Empreendedor Individual a partir de janeiro de 2010.

    A previsão é de integrantes de órgãos e instituições que tratam do assunto e que também debateram a maior simplificação do processo de inscrição.

    Da Agência Sebrae de Notícias.

    Em janeiro de 2010, todos os estados deverão estar conectados ao Portal do Empreendedor, endereço na internet para registro do Empreendedor Individual. Trata-se de figura jurídica que possibilita a formalização de empreendedores que trabalham por conta própria, como manicures e pipoqueiros. A expectativa é de que até lá sejam concluídos os ajustes nas estruturas de informática e a simplificação do processo de registro para esse público. As previsões são de integrantes do governo federal, do Sebrae e de parlamentares, que se reuniram na quinta-feira (12) para tratar do assunto. A data definitiva da entrada de todos os estados ainda será fechada com demais integrantes da equipe responsável pelo trabalho. Mas a expectativa é que o próximo ano comece com o Empreendedor Individual funcionando em todo o país. “O esforço é para que possamos iniciar 2010 com vida nova para o Empreendedor Individual, superando dificuldades do portal e simplificando a formalização”, disse o ministro da Pevidência, José Pimentel. Além dos ajustes nas estruturas de informática, entre as mudanças sugeridas está a de reduzir ao máximo os campos que o empreendedor precisa preencher na hora do registro e até eliminar a assinatura física do documento que ele precisa entregar na junta comercial. As sugestões foram feitas pelo gerente de políticas públicas do Sebrae, Bruno Quick. O objetivo, disse, é evitar erros e conseqüentes cancelamentos de inscrições. “O que se busca é corrigir gargalos e simplificar mais o processo”, explicou o presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, senador Adelmir Santana. Entre os participantes da reunião também estavam o secretário da Receita Federal do Brasil, Otacílio Cartaxo, o secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago, e o presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa no Congresso Nacional, deputado Cláudio Vignatti. A reunião ocorreu na presidência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, que também é presidida pelo deputado Vignatti.

    Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios Online